quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Soneto de depois de amanhã

Na epigrafia de seus ombros
desenhei meu rastro
Vi a lua ir de encontro ao chão
e a noite virar dia.

Nos traços de sua caligrafia
desenhei meu nome
Mas vi que era um escrito vão
e meu sofrer perdeu o lastro.

Sem satélites, quero astros!
Quero analisar dor e tempo
de consciência sã.

E é só assim que me atento:
não há semelhança alguma
entre ontem, hoje e amanhã.

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