segunda-feira, 23 de abril de 2012

"Recifiana"

A claridade da manhã
invadiu meus olhos
sem pedir autorização.
A noite foi quente
o sono foi pouco
meus pensamentos,
quimera.
Virei-me de lado
e lutei para esvaziar a mente.
Senti dormentes os meus dedos
e meus cabelos molhados
de suor - ou de espera.
Sentei-me e li um livro
respirei fundo
e solucei um pouco.
Eu, a mais sã do mundo
a mais solta a mais livre
com esse sentir tão louco!
Caminhei por toda a casa
num bailar atordoado
com meus passos instáveis
e meu pesar profundo -
ser moribunda era meu ópio.
Tive foi medo
de erguer-me.
Logo eu, que já estava de pé.
Mas ter os pés no chão
é a antítese do equilíbrio.

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