domingo, 20 de dezembro de 2009

A calma da cidade

A calma da cidade também arde
no fundo do peito
e nos meus olhos insones
Mas de manhã, não tenho sono
Só a curiosidade que me consome
noite afora e ao longo do dia.

E até mais tarde eu só penso
no que há dentro de mim
E no que há fora
do meu alcance.

Mas antes que eu me canse
vem a aurora
encher de luz as frestas da cortina
E clarear, talvez, pensamentos
ou levá-los embora
de minha mente fértil de menina.

E até mais tarde eu só penso
no que está perto de mim
E no que está longe
dessa agonia.

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